INTERDEPENDÊNCIA E RESPONSABILIDADE
Como nossas ações se propagam e podem ter efeitos de longo alcance nos negócios e na vida?
O mundo é vulnerável a vários problemas interconectados: taxas alarmantes de extinção de espécies vegetais e animais; a crescente escassez de água potável; miséria crônica e fome em várias regiões do mundo, deterioração ambiental global; problemas sociais persistentes; os crescentes desequilíbrios econômicos. A lista parece interminável e revela o complexo “jogo de forças e regras” que governa o mundo e coloca em risco a vida do planeta, monetiza valores humanos, ignora propósitos mais elevados e ameaça o futuro das gerações futuras.
Em um nível mais profundo dessas intrincadas interconexões, há indícios de uma mudança revolucionária de paradigma que atinge os pressupostos básicos sobre a natureza da realidade; pressupostos que sustentam a sociedade e suas instituições e que podem apontar para muitos caminhos a partir dos quais torna-se possível uma nova abordagem, uma nova visão dos “jogos” ao nosso redor.
Uma maneira diferente de ajudar a aperfeiçoar esses jogos está longe da visão materialista e se aproxima da visão humanista que, reconhecendo suas falhas e conceitos errôneos, reinventa a extensão e a magnificência da potencialidade do espírito humano.
Há alguns anos li um artigo de Oscar Motomura, CEO do Grupo Amana-Key e não esqueci de suas palavras:
“O HUMANO está no centro de todos os principais desafios. O desafio do humano está presente na maneira de pensar das pessoas que mais influenciam fortemente as escolhas estratégicas. É o modelo mental de presidentes, cientistas, políticos, empresários, pessoas comuns que indicam, por assim dizer, o provável curso da sociedade nas próximas décadas.”
Nessa perspectiva de futuro, a principal prioridade seria a criação de um novo jeito de pensar e agir, principalmente daqueles que, no curso natural, serão a futura geração de líderes da sociedade.
Que habilidades humanas eles precisarão desenvolver para enfrentar de forma criativa os desafios que ameaçam o mundo em que se preparam para liderar?
O que pode acontecer se as pessoas em geral, continuarem buscando apenas satisfazer benefícios de curto prazo, sem prestar atenção às consequências de longo alcance inerentes às escolhas que fazem hoje?
Um desafio para todos nós é integrar a capacidade de fazer acontecer à dimensão profissional, evitando desperdiçar energia, tempo e recursos; à dimensão social, para que o todo evolua no curto, médio e longo prazo, que se sobrepõem a três tipos de interesses – o nosso, o de outros e de todos os seres; e à dimensão pessoal, porque ser feliz realmente ajuda a construir um futuro melhor.
O renomado escritor Robert K. Greenleaf afirma que: “a primeira e mais importante escolha que um líder faz é a opção de servir, sem a qual a liderança é limitada. Essa escolha não é uma ação habitual e sim uma expressão do Ser.”
Comentários não são permitidos.